domingo, 31 de dezembro de 2017

Os melhores discos de 2017.

O ano foi ótimo em discos de bandas velhas e não tão empolgante com relação às bandas novas. Em 2017 completei 40 anos e certamente isso é refletido nas minhas preferências musicais. Sou fiel às minhas bandas prediletas de anos atrás e sempre ouço bastante o que elas têm de novo para mostrar. Poderia ainda ter incluído mais uns 20 álbuns legais, mas fiz uma força para limitar a lista em 10 discos.

























1. Slowdive, "Slowdive" (Dead Oceans, 2017)
2. LCD Soundsystem, "American Dream" (DFA, 2017)
3. Actress, "AZD" (Ninja Tune, 2017)
4. Crescent, "Resin Pockets" (Geographic, 2017)
5. Peter Perrett, "How The West Was Won" (Domino, 2017)
6. The Popguns, "Sugar Kisses" (Matinée, 2017)
7. Four Tet, "New Energy" (Text, 2017)
8. Code Orange, "Forever" (Roadrunner, 2017)
9. Thurston Moore, "Rock'n'roll Consciousness" (Caroline, 2017)
10. Saint Etienne, "Home Counties" (Heavenly, 2017)

Comentários:

1. Slowdive, "Slowdive" (Dead Oceans, 2017).

A volta em grande estilo da banda que foi uma das minhas prediletas dos anos 90. Um excelente disco, que foi apresentado de forma impecável no palco do Cine Joia em São Paulo, no que também foi o melhor show do ano.

2. LCD Soundsystem, "American Dream" (DFA, 2017).

Outra boa volta foi a do LCD Soundsystem, que lançou um longo disco que passou despercebido nas primeiras audições e cresceu bastante na medida em que fui ouvindo-o mais vezes. Foi merecidamente o melhor disco do ano de várias publicações.

3. Actress, "AZD" (Ninja Tune, 2017).

Certamente o disco de música eletrônica que mais ouvi em 2017. Pretensioso e sem ganchos visíveis, é um disco que demanda bastante audições e uma certa dedicação para apreciá-lo por completo. Vale o tempo investido.  

4. Crescent, "Resin Pockets" (Geographic, 2017).

O Cresent é uma banda que fez parte da turma do Flying Saucer Attack em Bristol, Inglaterra, nos anos 90. Foi com grande felicidade que fiquei sabendo desse novo álbum da banda e mais felicidade ainda quando ouvi e curti muito. Excelente.

5. Peter Perrett, "How The West Was Won" (Domino, 2017).

Vocalista do The Only Ones, passou 30 anos perdido por causa do vício em crack e heroína e lançou aos 65 anos de idade o primeiro álbum solo. Um rock'n'roll típico de junkies velhos e cansados, na linha de Nikki Sudden, Johnny Thunders e Lou Reed.

6. The Popguns, "Sugar Kisses" (Matinée, 2017).

O segundo disco da volta dessa banda inglesa que é uma das minhas prediletas de todos os tempos. Vocais femininos marcantes e bastante melódico, esse é o melhor disco indiepop de 2017. Lançado somente em CD, merecia muito um vinil.

7. Four Tet, "New Energy" (Text, 2017).

Sou grande fã de toda a carreira do Four Tet, gosto praticamente de tudo lançado, mas esse novo álbum superou em muito as expectativas. É um dos melhores da longa carreira do músico, que tem show marcado no Brasil em 2018.

8. Code Orange, "Forever" (Roadrunner, 2017).

Essa banda fica no meio termo entre o metal e hardcore, porém com um som moderno que também poderia receber o adjetivo “neo” qualquer coisa. A força e o apelo agressivo das canções estão na medida certa para causar grande empolgação no ouvinte.

9. Thurston Moore, "Rock'n'roll Consciousness" (Caroline, 2017).

O Sonic Youth durante anos foi a minha banda predileta e é com bastante interesse que acompanho a carreira solo de todos os músicos da banda. Em 2017 foi Thurston Moore quem lançou o melhor álbum da turma, inclusive um disco bastante parecido com Sonic Youth.

10. Saint Etienne, "Home Counties" (Heavenly, 2017).

Apesar de eles terem abandonado a veia dançante do começo de carreira, o Saint Etienne ainda abraça o pop sofisticado como ninguém. Melancólico, porém ensolarado, é o disco perfeito para fins de tarde preguiçosos e relaxantes.


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