Saiu no Brasil pela Brava o último álbum da Lydia Lunch,
ícone no wave oitentista que segue trilhando uma cavernosa carreira no
underground novaiorquino. O álbum foi gravado todo ao vivo e contém nove
abrasivas canções que vão da psicodelia pop de pegada macabra ao blues
envenenado.
Para essa nova persona Lydia Lunch Retrovirus, a bruxa de
olhos claros se reuniu com três músicos tarimbados da cena: Weasel Walter
(Flying Luttenbachers), Tim Dahl (Child Abuse) e Bob Bert (que já tocou com
Sonic Youth e Pussy Galore). Esse é o primeiro álbum lançado pela banda.
Ouvir esse disco após a leitura do recém-lançado livro sobre o Blondie leva a certas reflexões. Tanto Debbie Harry quanto Lydia Lunch são oriundas da mesma cena punk de Nova Iorque do final dos anos 70, mas enquanto uma foi alçada ao grande estrelato, a outra submergiu às profundezas do mundo sem nunca ter comprometido a integridade artística. Continua altamente relevante e esse álbum é a prova disso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário